sexta-feira, 29 de julho de 2016

Fórmula bigode?


    Está confirmado o novo desenho para os carros da Fórmula E. Os fãs de Fórmula 1 odiaram! Claro, fãs de Fórmula 1 costumam ser haters irascíveis de carros eléctricos, mas não é o caso. A impressão que todos foi que a FIA elegeu o desenho mais odioso, deixou vazar e esperou pela reação. Se o público detestasse, seria confirmado. E foi mesmo. Os grupos de competição automobilística das redes sociais estão sendo impiedosos com o Tio Tex; um dos apelidos do novo carro.

    Ele nem é tão feio, mas ficou esquisito. Ficou um misto de Fórmula 1 com Fórmula Indy em tributo a Freddie Mercury. Mas para que serviria aquela estrutura estranha no bico? Resposta: Aerodinâmica. Embora o Fórmula E ainda seja muito mais lento do que um Fórmula 1, a partir de 60km/h a turbulência aerodinâmica já faz muita diferença na eficiência do combustível, ou das baterias, no caso. O "bigode" forma dois túneis laterais que além de resfriarem os freios, disciplina o fluxo de ar.


    Por que a Fórmula 1 não utiliza isso? Primeiro porque a aerodinâmica desta categoria é quase toda voltada para a força vertical, como manter o carro preso ao solo em curvas a 250km/h, velocidade superior à de ponta da Fórmula E. Segundo porque as equipes da tradicional têm mais liberdade no design de seus carros, e recursos para trabalharem sozinhas o design de seus modelos. Terceiro e último porque o público típico da Fórmula 1 está se lixando para eficiência, pelo menos nas pistas, dentro destas ele quer é emoção!

    Apesar de tudo, mesmo esse público tido como conservador costuma das espiadas nas tabelas da Fórmula E, porque a trata como filha rebelde da F1, não como uma estranha; A moça é esquisita, mas AI de você, se faltar com o respeito!

Tio Tex, dos Flintstones... E não é que parece mesmo!

Para mais explicações e a apresentação do novo carro, clicar aqui e aqui. Página inicial oficial da categoria, clicar aqui.

2 comentários:

  1. Deixando de lado algumas discussões mais subjetivas sobre prazer ao pilotar que motivam defensores mais ferrenhos de uma configuração mecânica mais tradicional baseada num motor a combustão, às vezes dá a impressão de que esse costume de aplicar aos carros exclusivamente elétricos um desenho pouco convencional acaba perpetuando diferenças entre os respectivos públicos-alvo.

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