Está confirmado o novo desenho para os carros da Fórmula E. Os fãs de Fórmula 1 odiaram! Claro, fãs de Fórmula 1 costumam ser haters irascíveis de carros eléctricos, mas não é o caso. A impressão que todos foi que a FIA elegeu o desenho mais odioso, deixou vazar e esperou pela reação. Se o público detestasse, seria confirmado. E foi mesmo. Os grupos de competição automobilística das redes sociais estão sendo impiedosos com o Tio Tex; um dos apelidos do novo carro.
Ele nem é tão feio, mas ficou esquisito. Ficou um misto de Fórmula 1 com Fórmula Indy em tributo a Freddie Mercury. Mas para que serviria aquela estrutura estranha no bico? Resposta: Aerodinâmica. Embora o Fórmula E ainda seja muito mais lento do que um Fórmula 1, a partir de 60km/h a turbulência aerodinâmica já faz muita diferença na eficiência do combustível, ou das baterias, no caso. O "bigode" forma dois túneis laterais que além de resfriarem os freios, disciplina o fluxo de ar.
Por que a Fórmula 1 não utiliza isso? Primeiro porque a aerodinâmica desta categoria é quase toda voltada para a força vertical, como manter o carro preso ao solo em curvas a 250km/h, velocidade superior à de ponta da Fórmula E. Segundo porque as equipes da tradicional têm mais liberdade no design de seus carros, e recursos para trabalharem sozinhas o design de seus modelos. Terceiro e último porque o público típico da Fórmula 1 está se lixando para eficiência, pelo menos nas pistas, dentro destas ele quer é emoção!
Apesar de tudo, mesmo esse público tido como conservador costuma das espiadas nas tabelas da Fórmula E, porque a trata como filha rebelde da F1, não como uma estranha; A moça é esquisita, mas AI de você, se faltar com o respeito!
Tio Tex, dos Flintstones... E não é que parece mesmo! |
Para mais explicações e a apresentação do novo carro, clicar aqui e aqui. Página inicial oficial da categoria, clicar aqui.
Deixando de lado algumas discussões mais subjetivas sobre prazer ao pilotar que motivam defensores mais ferrenhos de uma configuração mecânica mais tradicional baseada num motor a combustão, às vezes dá a impressão de que esse costume de aplicar aos carros exclusivamente elétricos um desenho pouco convencional acaba perpetuando diferenças entre os respectivos públicos-alvo.
ResponderExcluirÉ realmente perturbador.
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