terça-feira, 24 de julho de 2012

Poderia ser no Brasil, mas será na China

http://www.ecofriend.com/entry/proteans-in-wheel-motor-technology-will-it-actually-deliver/

A Protean Electric, a maior fabricante mundial de motorrodas, os conhecidos hubmotors, ivestirá US$ 84 milhões em uma fábrica na China. São dela os hubmotors que equipam a edição limitadíssima do Mercedes-Benz Brabus eléctrico. De onde podemos concluir que mão de obra barata não é o único perfume que seduziu a P.E.

A fábrica em Liyang, província de Jiangsu, pelas facilidades burocráticas e pela posição estratégica da China, vai permitir um aumento substancial e rápido no volume de produção, mantendo o padrão de qualidade, permitindo reduzir drasticamente o preço unitário de cada motor. Se estivessem se lixando para a qualidade, como certos "empresários" brasileiros, simplesmente terceirizariam a produção para qualquer fabriqueta que semi-escraviza a mão-de-obra.

Então ficamos no prejuízo! Sim, ficamos, mas não totalmente. Pelo menos a notícia é animadora, para o crescente número de pessoas que convertem seus carros para eléctrico ou híbrido, bem como para os que começam a vender e instalar kits de conversão. Hibridar um Opala, por exemplo, passa a ser questão apenas de trocar os freios dianteiros pelo conjunto de hubmotors, que chegará aqui por preços semelhantes aos dos motores convencionais.

Mas, qual é mesma a vantagem do hubmotor? As vantagens são muitas, e só esbarram no problema de espaço, que eles provaram ser mais questão de mentalidade do que de engenharia. O hubmotor, ou motorroda, deixa completametne livre o espaço antes ocupado pelo motor e transmissão, e cardã se for o caso. Permite que as baterias sejam alojadas mais em baixo, melhorando o centro de gravidade, por conseqüência a estabilidade em curvas, e até gerando um pequeno bagageiro no lugar do antigo motor. Sem transmissão, para parasitar a energia motriz, o carro acaba se comportando como se tivesse um motor 25% mais potente, pelo menos.

Enquanto isso, nos labirintos da burocracia brasileira, um dos maiores fomentadores da corrupção, que eu conheço por dentro, gente com capacidade e vontade de trabalhar precisa levar suas patentes para os Estados Unidos, onde elas são aceitas como bênçãos, não como luxo.




Website da Protean, clique aqui.

domingo, 15 de julho de 2012

O sonho de Mike

http://www.motorpasionfuturo.com/

Nova Iorque é como uma mulher poderosa, ela te domina e engole se não souberes lidar com ela. Mas sabendo, ela te oferece todos os recursos de que necessitas, tudo à mão para que construas teu sonho. No caso dos vídeos a seguir, o sonho era simples, ter um veículo à bateria.

O carro escolhido foi o de trabalho do Dr. Mike Kiraly, que é também veículo de divulgação da bebida Steam Wishtle, que ele representa. Uma Chevrolet Apache 1958. Ele foi racional, mas não fez economias idiotas, cercou-se de gente que realmente entende do assunto e, sendo alguns também seus conhecidos, sabiam do que ele precisava. O resultado é um retro electro com torque e potência necessários aos caprichos do americano, como fritar pneus. Claro que ele perdeu o carismático glou-glou-glou dos bons V8, mas o restante compensa, e um sampler baratinho pode suprir isso, se ele quiser.

O documentário de sete vídeos curtos, serve também de aula, para quem se dispuser a consumir o valor de um carro popular zero quilômetro, para electrificar um carro que poucos valorizam devidamente, como uma picape Chevrolet D10 precisando aposentar a mecânica, há muitas por aí, que então passaria a ser E-10. É só um exemplo, pois um Vectra redondinho, praticamente desprezado hoje em dia, graças à sua excelente aerodinâmica, seria muito bem sucedido no uso desta transformação.

Os vídeos mostram também as pessoas comuns que essa gente é, em seu mundo particular. Como Joe, o responsável por trocar a mecânica original pela eletrificação. Ele faz conversões inusitadas desde os anos oitenta, como trocar gasolina por gás natural em um Chevy do fim dos anos cinqüenta, em uma época em que eles ainda não valiam nada. Hoje a brincadeira sairia mais cara.

Aviso que ele não perde a chance de promover a bebida, no decorrer dos vídeos, mas vale à pena ver, os vídeos são bem detalhados e entregam o ouro sem medo, afinal, o merchandising  que ele consegue já paga boa parte da transformação.

Sem mais, caras leitoras e caros leitores, O Sonho de Mike:







quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mitsubishi radicaliza!

http://elizeudacarachata.blogspot.com.br/

A Mitsubishi Motors anunciou a decisão de hibridar e/ou eletrificar toda a sua gama em, no máximo, quatro anos. A boa notícia para nós, é que a L200 não ficará de fora, o que significa que as chances de os nacionais de três diamantes rodarem até 40km no modo eléctrico, são bem grandes.

A motivação da marca não foi só do desejo de inovar e espizinhar a concorrência, mas principalmente porque a hibridação está se tornando uma alternativa muito atraente, inclusive do ponto de vista econômico. A produção em larga escada das baterias que há pouco tempo eram caríssimas, e de motores eléctricos de alta eficiência que eram tidos como supérfulos, faz com que qualquer cidadão coloque dois hubmortors na frente e 40cv de baterias sob o banco traseiro de seu Opala, ou seu Lancer antigo, por menos de trinta mil reais. Para as montadoras do porte da japonesa, então já passa a ser mais lucrativo colocar alguns cavalos eléctricos à bordo, do que desenvolver motores de pistões que atendam a todas as exigências ambientais que estão para entrar em vigor, em tempo hábil.

As metas são ambiciosas, tanto quanto a competência da marca. Espera-se que os modelos mais econômicos façam até 60km/l. Absurdo? Nem um pouco. O Fisker Karma, híbrido à gasolina que passa dos 200km/h, tem uma carroceria grande e pesada e deixa Porsches em apuros na saída do semáforo, consegue 48km/l. A Volvo V60 Hybrid diesel faz até 53km/l, mais do que a maioria das motocicletas.

Como? Simplesmente com o motor eléctrico suprindo o ponto fraco dos motores convencionais, que é produzir força apenas a cada duas voltas em cada cilindro, que assim consome energia a maior parte do tempo, em vez de produzir. Outra conseqüência deste calcanhar de Aquiles, é a limitação de uma rotação mínima para ele funcionar. O eléctrico não tem esses problemas e o ajuda a desenvolver a potencialidade que só existia na teoria das faculdades de engenharia mecânica. É assim que um híbrido grande como o Fusion, consegue beber menos do que os trocinhos pelados de mil cilindradas, mesmo sendo um híbrido que deve muito em termos de engenharia.

Preços e cronogramas, à excessão do prazo máximo, não foram divulgados, bem como detalhes técnicos. O certo é que deste bolo, nós também comeremos. E para quem acha o Lancer um clássico, esperem até ele começar a deixar carros bem mais caros na saída do semáforo, bebendo menos do que um popular pelado.

Website da Mitsubishi do Brasil, clicar aqui.

domingo, 8 de julho de 2012

Uma nova chance à Ram 1500 Hybrid

Ram 1500 modelo 2013

Depois de ter quase falido por teimosia própria, quando se desvincilhou da Daimler Benz, a Chrysler parece ter aprendido a lição e está cooperando com a Fiat, hoje sua dona. Já recuperada e dando lucro, a americana retomou seus projectos e já começou com a patente do logotipo do novíssimo motor EcoDiesel, que em princípio equipará a linha Jeep.

Trata-se de um turbodiesel de última geração, de três litros, que elimina a já defasada vantagem de potência específica dos motores otto, os que usam velas para dar a ignição. Ele gera 245cv, bem mais do que muitos carros á gasolina com as mesmas 3000 cilindradas. A expectativa é que a nova Grand Cherokee, que herdou seu nome de uma tribo guerreira dos Estados Unidos, faça 9,7km/l na cidade e cerca de 14km/l na estrada. Um Mille com carga total não faz isso nem com vento em popa. falta-lhe torque.


Esclareço que os números de consumo são estimados para uma rural de grande porte com tração integral, puramente mecânica. Com um sistema híbrido bem dimensionado, faria pelo menos 50% a mais por litro. E é aqui que as esperanças de uma Ram híbrida voltam à tona.

Há uns anos, foi apresentado um protótipo que fazia até10km/l com o beberão V8 à gasolina, rodando com ambos os motores ao mesmo tempo, mas com raio de míseros 36km usando apenas o modo eléctrico. A probabilidade de a gigante vir a usar o EcoDiesel, combinado com boas baterias de lítio e um motor eléctrico de alta eficiência, é grande, porque a Chrysler quer apagar a imagem de empresa que só conseguia desempenho às custas de enriquecer o posto de combustível. A Ram 1500 Hybrid é um dos projectos que a crise engavetou, mas caiu no gosto dos italianos. Aliás, está vendendo bem na Europa, sabe-se lá como se vira naquelas vielinhas serpenteadas.


Provavelmente, para a Ram o motor deverá ser um pouco maior, para não decepcionar o público da pick-up, que gosta de rebocar locomotivas. De qualquer forma, o uso do biodiesel já é previsto no projecto do novo propulsor, o que servirá de argumentação para a nossa preterida indústria de combustíveis vegetais, que sobrevive na base do "não morro pra não alegrar o coveiro".

Na hipótese de ela realmente sair do papel, e tudo conspira a favor, é grande a possibilidade de ser importada para o Brasil, bem como é também muito grande a possibilidade de custar mais de R$200.000,00. Problema? Nenhum. O público desta dama voluptuosa está órfão da F-350, que alguns transformavam em pick-up heavy duty sem cerimônias. Suas concorrentes nacionais... não existem. GM, Toyota e VW apresentam as argentinas S10, Hilux e Amarok como se fossem nacionais, mas são montadas por nuestros hermanos. Então a Ram Hybrid não ameaçará um emprego brasileiro sequer, podem comprar sossegados.

Versão eléctrica ainda fora de cogitação.

Por ser ainda uma especulação com fortes viés e pressão para produção seriada, não há um dado técnico sequer à disposição, nem os detratores de plantão sabem ainda o que falar mal dela. Se confirmada, não virá antes do fim de 2013, já como modelo 2014. Outra cousa que anima, é o sucesso de empresas que hibridizam os caminhões de passeio americanos, como a PHEV, mas não oferecem a fiabilidade, a rede de assistência e o status de um original de fábrica.

A Ram 1500 PHEV, a título de curiosidade, fornece 12,9kWh, ou 17,5cv instalados de baterias de íon de lítio, roda uns 32km só no modo eléctrico e seus principais clientes são as prefeituras.

Já uma Ram totalmente eléctrica, por hora está descartada. Turim gosta de motores à combustão e ainda tem receios quanto à aceitação dos plug-in puros, e não quer arriscar fazer carros caros como o Tesla Model S. Precisaria ter o dobro das baterias do Model S para conseguir a mesma autonomia, não que não haja quem aceite pagar o preço, mas para o mercado comum sairia muito mais caro do que vale à pena arriscar.



Biodiesel no Brasil, clicar aqui.
Website da Ram Trucks, clicar aqui.