segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Detroit Electric renasce


O início do século XX viu na Detroit Electric o maior expoente da mobilidade eléctrica, nos Estados Unidos. Como todas as outras marcas, foi vítima TAMBÉM do desenvolvimento acelerado dos motores a gasolina, que rapidamente os ultrapassaram em muito, tanto em desempenho quanto em autonomia.

Praticamente um século depois, com as lições aprendidas com a Tesla, a marca voltará a funcionar. Aguardando apenas conseguir uma manufatura para iniciar a produção, a Detroit pretende reiniciar suas actividades na cidade que lhe deu nome, a combalida Detroit.

Mas o modelo que ressuscitará a marca, nada tem a ver com os coupés comportados e sonolentos de outrora, será um esportivo puro-sangue que, a exemplo do já clássico Tesla Roadster, é inspirado no versátil Lotus Elise. Ou seja, a mesma raiz da Tesla e a mesma confiabilidade que caracterizou os Detroit da bélle époque.



A receita é simples. Um roadster, aqui chamado de SP:01, com pouca massa e muita potência. Serão 200hp para mover magros 1090kg, que renderão a bagatela de 249km/h, com aceleração de 0 a 1ookm/h em 3,7s. Haverá três modos de condução, que garantirão de 222 a 300km de autonomia. Nada mal, para uma marca cujo último modelo mal chegava a 80km...

O pacote de baterias não surpreende, mas dá para o uso. São de polímero de lítio com 37kWh, que podem ser repostos em 4h15min, em um recarregador próprio, ou em até 10h em uma tomada de 110v... Gente, sério, por que raios o mundo ainda usa 110v? Se 37kWh dão para 300km? Um carro desses, em modo econômico, a 100km/h, mal consumiria 12kWh. Em princípio, em nossa realidade, ele encostaria nos 400km, já que o consumo varia de 0,11kWh a 0,15kWh/km. Não dá nem cinco centavos por quilômetro!



O pacote compacto permitirá uma condução muito ágil e divertida, contando com 3,88m de comprimento, por 1,751m de largura, baixos 1,117m de altura e 2,3m de entre eixos. em princípio, pode significar bom espaço para as pernas, pelo menos para elas, já que a cabeça...



A personalização será um dos atrativos. São sete cores fortes para a carroceria (azul, preto, laranja, prata, verde, vermelho e branco) mais três de interior (azul, dourado e vermelho) e dois de rodas, estas em dois tamanhos opcionais. Sim, leram direito: dois tamanhos de rodas em três cores diferentes: preto, prata e dourado.

A intenção é vender 999 unidades no primeiro ano, e 2500 anuais de então em diante. Se fará sucesso, eu não sei, mas acredito que sim. Os americanos, gostem alguns ou não, estão emergindo novamente, na surdina, bem ao estilo dos plug-in puros, e já voltaram a ser o motor econômico mundial. O simbolismo todo envolvido no nome da empresa, e a urgência em reerguer a cidade, deverá tocar seus brios. Além do mais, como vocês podem ver, eles seguem a receita mais preciosa da tesla: Não compre só porque é eléctrico, compre porque é bom. As características do SP:01 não deixam dúvidas, é um esportivo de respeito. Até porque o preço de US$ 135.000,00 é o de um puro-sangue de respeito.


 
Website da nova Detroit Electric, já aceitando encomendas, ver clicando aqui.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Quem Saab, se dá bem com baterias


Fonte: UOL Carros

São apenas rumores, embora com forte viés de concretização. O consórcio de cento e oitenta (haja fãs, heim!) que comprou os direitos da Saab, relançarão o já clássico e icônico 9-3 em Setembro, do jeirto que tinha saído de linha com seus confiáveis motores turbo, da fábrica de Trölhatan.

A quem chegou agora, a Saab foi por décadas, a única rival da Volvo, em termos de inovação e segurança. Sempre vencendo em inovação e pagando o preço de se tornar marca de nicho por isso. Por exemplo, torrou fábulas em um motor com taxa de compressão variável, que funcionava movendo o cabeçote, mas nunca conseguiu viabuilizar para o mercado. Teria sido a salvação das gambiarras que chamamos de "flex", que só fazem alterar o ponto de ignição.

Nenhum detalhe técnico foi divulgado, embora saibamos que as leis de emissões e segurança tenham se tornado mais severas, o que justificará algumas alterações cosméticas. Por hora, o prometido 9-5 fica só na promessa mesmo, serão vendidos o sedã e o conversível da linha 9-3.

Por questões de custos, a Wagon e a alerdeada versão eléctrica ficam para mais tarde, se tudo der certo, mas lembremos que a Wagon 9-3 eléctrica chegou a ser testada em 2011, com resultados convincentes: 150km/h, de 0 a 100 em 8,5s e razoáveis 200km de autonomia.

Com insumos melhores e mais baratos, hoje em dia, pode-se esperar algo bem melhor, como 180km/h, de 0 a 100 em 7s e 320 mk de autonomia, sem sacrificar o quinto passageiro. Sim, leitores, o protótipo tinha baterias bem no centro do carro, em linha e com a parte traseira bem saliente, deixando a wagon com apenas quatro lugares. Eu disse que a Saab é inovadora!

Se tudo der certo, com o lançamento em Setembro, a bersão plug-in será oferecida como opcional, e talvez a wagon também volte, com cinco lugares. Então sim, a Tesla terá quem lhe faça páreo. Por agora, só aguardemos os dias que nos separam do relançamento. Já tiraram a Saab da UTI, sem a esculhambação que queriam fazer com a Packard, já é algo a se comemorar.

Website da Saab, clicar aqui.
Website da malsucedida New Packard, para os de estômago forte, clicar aqui.