quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Sharp brilha e choca!

Eis a prodigiosa e esnobe.






 A japonesa Sharp, a mesma que lançou as calculadoras com tela de cristal líquido, apresentou (aqui) uma célula photovoltaica com 36,9% de eficiência. Mais de 120% acima das melhores células à venda no mercado, actualmente. Isto significa obter uns 370W/m², quando as placas normais não passam de 150W/m².

A marca foi conseguida com apenas um sol, ou seja, sem o artifício de usar lentes de aumento, ou qualquer outro. Só a plaquinha purinha a bronzear-se placidamente.

Isto é quase o limite teórico de uma placa de construção convencional, de três camadas, ou tripla junção. Outra vantagem é a flexibilidade. Actualmente há painéis orgânicos, que primam pela resistência e pela adaptabilidade, mas pecam muito na eficiência. O pulo do gato foi conseguirem reduzir a resistência eléctrica entre as três camadas. Mas com tantas barreiras teóricas caindo, inclusive a velocidade da luz, as esperanças de mais kWh/m² não são vãs.

Agora vem a notícia ruim, é tão caro que eles nem falaram o preço. Por enquanto está restrito quase que só aos satélites artificiais, onde os custos têm um peso bem menor do que a necessidade de eficiência e leveza. Acontece que a principal matéria-prima é o arsenieto de gálio, feito de materiais raros e, portanto, caros; além de muito difíceis de se trabalhar, ainda mais para serem expostos ao sol.

Para quando algo assim chegar ao mercado dos pobres mortais como nós, o teto de uma Kombi, toda forrada com essa células, poderá fornecer três ou quatro cavalos, com boa iluminação diurna, o suficiente para manter uns 40km/h usando motores embutidos, os hubmotors. Mas até lá, o silício talvez já tenha sido aposentado.

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