quarta-feira, 4 de novembro de 2015

E agora, Ghosn?

R.I.P Itaipu E400. Chegamos tarde!
  Caríssimos, não seria necessário tanto. O que todos pediam era que a taxação entre veículos eléctricos, híbridos e convencionais fosse equiparada, e que os de ciclo diesel fossem liberados para carros de turismo; este saiu pela culatra, o imposto aumentou muito.

  Mas o governo, aparentemente preocupado demais com o terremoto no Planalto Central, acabou liberando taxas quase simbólicas para os híbridos, e isenção completa para os plug-ins puros. O que isso significa na prática? Algo em torno de 25% a 35% de abatimento nos preços dos importados. O único Tesla MOdel S nacional custou a fábula de R$ 800.000,00 para seu proprietário, justo por causa do efeito cascata dos impostos, que são cobrados sobre os impostos e pioram a vida do cidadão, por isso a queda no preço tenderá a ser tão acentuada.

  O porém é que muitas vezes os impostos estaduais e municipais, fora as taxas de serviço que já deveriam estar embutidas nos impostos, podem ser mais altas do que os federais, e essas espheras não se pronunciaram a respeito.

  A Kia já se adiantou e prometeu para o ano que vem o Soul Eléctrico. 210km de autonomia média e 145kmh de máxima estão bons para teu uso cotidiano? Então ele te serve. A BYD já estava animada e apressada em produzir aqui seus veículos, já está construindo em Santa Catarina a fábrica do ônibus K9, que hoje roda em testes por Porto Alegre. O hatch médio e6 está na lista, com seus mais de 300km de autonomia e desenho discreto, que o gabaritam para uso em frotas e serviço de táxi.

  A BMW já garantiu o i3, que já é vendido aqui, faz sucesso e ao que parece não vai dar para quem quer. A própria Tesla já tem planos para iniciar operações no Brasil, acreditamos que este desencargo vai agilizar os planos, e teremos Modal S, Model X, quem sabe até o Model 3 por muito menos do que o absurdo que nosso compatriota pagou pelo seu. A Nissan já disse que as vendas começariam em breve, então logo teremos Leaf zero quilômetro exibindo sua cara de deboche ao lado do sisudo Clio.

  Para os mecânicos e preparadores locais fica a esperança de peças menos caras para breve. Com a "popularização" dos plug-ins e híbridos, fatalmente a oferta de peças e kits de conversão passará a ser real, não terão mais que importar pelos olhos da cara as baterias, que lá fora custam menos de R$ 1,000.00 o kWh, mas aqui passam fácil dos R$ 3.000,00. Sorte maior para quem tem ferramentas a bateria e bicicletas eléctricas.

  Mas os que têm mais chance de sucesso, de serem realmente populares e fazerem parte da paisagem, são o harmonioso Zöe e o carismático Twizzy da Renault ZE. Os esperamos desde 2012, mas nem por encomenda eles vieram.

  Resta saber se a Renault vai parar de chupar dedo, de reclamar e trazer logo seus dois maiores sucessos, lembrando que o prático Twizzy é fabricado para uso local na Hidrelétrica de Itaipu. E então, Ghosn? Vai mostrar a cara e trazer de uma vez o Zöe e o Twizzy, ou teremos que arrancar à força?

4 comentários:

  1. Eu ainda acho que faria mais sentido beneficiar fornecedores locais ao invés de entregar tudo de bandeja para os importados. Se uma das maiores e mais importantes fábricas de motores elétricos do mundo é brasileira, mais especificamente a Weg lá de Jaraguá do Sul, me parece um tanto questionável que não venha a gozar de nenhum benefício fiscal enquanto os estrangeiros fazem a festa. No tocante às poucas caminhonetes com motor Diesel disponibilizadas no mercado local, será que um sistema BAS-Hybrid como o eAssist usado pela GM em alguns modelos da Chevrolet e da Buick no mercado americano seria suficiente para escapar da sobretaxa?

    A propósito: lembra que eu cheguei a apontar que faria sentido os chineses darem uma olhada lá em Santa Catarina?

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    1. No início do ano apareceu uma proposta para incentivar a importação de insumos, mas até agora...

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    2. Com relação aos motores, considero um erro focar na importação.

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    3. Sem dúvida, seria o lógico a se fazer.

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