Modelos definitivos |
Uma notícia subestimada pela imprensa e pelo público interessado, mas que promete tornar comuns, os índices hoje tidos como altíssimos de eficiência.
A japonesa Hitachi conseguiu uma proeza há muito esperada, construir motores de ímãs permanentes sem o uso de materiais raros, portanto caros, e sem resultar em máquinas enormes e pesadíssimas.
O primeiro protótipo tinha apenas 150W e 85% de eficiência, agora estão testando motores com 11kW e 93% de eficiência. A meta é encostar nos 99%. A comercialização para uso industrial deve começar em 2014, sem preços e versões divulgadas, por hora é só síncrono, de rotação constante.
Laminado definitivo |
O 'segredo', mas não o pulo do gato, é o material amorpho com baixíssimas perdas magnéticas. O material é 'desordenado', mas com poucas falhas, resultando também em alta resistência mecânica, permitindo o manuseio mais ágil e dispensando tantos cuidados.
Um software de análise tridimensional do campo magnético, que não será encontrado para baixar ou comprar em qualquer lugar, é claro, foi utilizado para optimizar a laminação em folhas finíssimas. O que impedia sua produção seriada eram os custos, que pelo jeito estão sendo reduzidos sob segredo de Estado.
Primeiro protótipo |
E Qual vantagem Maria leva nisso? Em um futuro breve, poderemos reciclar sucata comum para produzir ímãs permanentes fortíssimos, que hoje são feitos de Neodímio, metal raríssimo e objecto de disputas ferozes nos bastidores da política internacional, só contidas com muito custo pela OMC. O Brasil tem boas reservas de Neodímio (chegou a US$ 32 mil a tonelada, no mercado internacional, enquanto o Ferro não chega a US$ 140,00) mas é praticamente forrado por minério de Ferro. Claro que não basta derreter o material, jogar no molde e montar, há processos caros para transformar aquele pó em ímã. O menor uso em ímãs aumentará a oferta para as baterias, que usam muito e terão redução significativa de custos.
Dá para se fazer motores com ímãs comuns, mas bem fraquinhos, se considerar massa e volume à potência. Sem opção, as indústrias se voltaram para as terras raras, para fabricar ímãs fortíssimos e não precisar fazer tantas conecções e emendas de enrolamentos nos motores, ganhando muita eficiência. O problema é que isso sai caro, limitando o uso aos aparelhos muito pequenos, que precisam contar watts para funcionar, e aos caríssimos, pelos quais os donos não se importaram em pagar pequenas fortunas. Isto está com os dias contados. Dizem a boca miúda, que a Tesla está acompanhando de perto tudo isso.
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Website da Hitachi, para quem sabe ler japonês, clique aqui e aqui.
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