Uma boa notícia para quem acompanha as (infelizmente esparsas) postagens deste blog, e já conhecem a BYD. Após fixar-se nos Estados Unidos, exportar seus ônibus eléctricos para o mundo inteiro, inclusive testar alguns no Brasil, a chinesa de capital privado decidiu investir no país.
De início serão quinhentas unidades trazidas ainda em 2015 a salgados R$ 230.000,00. A escala e a taxação ainda abusiva sobre eléctricos e híbridos explicam o preço. O pontapé para a decisão foi, provavelmente, a BMW ter vindo de peito aberto para vender aqui o hatch compacto i3. O sucesso do alemão deve ter feito os chineses desengavetarem os planos que tinham há muitos anos, agora oficializados. Muito obrigado, bávaros!
A fábrica do ônibus K9 já está confirmada, será em Campinas, onde pretendem produzir também o e6 em 2018, se tiverem o sucesso esperado. No Canadá o sucesso foi tanto, que ele ganhou uma versão articulada, configuração que faz muito sucesso em nossas metrópoles. Aqui, além dos veículos, serão produzidas também as baterias, para a alegria dos engenheiros domésticos, que pagam horrores pela importação das íon de lítio, que vêm quase sempre da China, nem sempre com as garantias que um fabricante nacional é obrigado por lei a oferecer. Talvez até o Pompeo se beneficie disso, quem sabe...
Para quem não conhece, o e6 é um hatch médio com 4,56m de comprimento por generosos 1,822m de largura total e 1,645 de altura, o tamanho aproximado de um Ecosport. Ele chega a 140km/h, limitados electronicamente, e roda em média 300km com uma carga, com seus 121hp e absurdos 45kgfm. Suficientes para levar seus obesos 2380kg mais 375kg de carga máxima a mais do que o controle permite. com tamanho de SUV, os pneus estão à altura, são gordos 235/65R17. Mesmo com todo esse volume, só precisa de seis metros para fazer uma conversão completa, menos do que muitas ruas secundárias. E por dentro o acabamento é muito, mas muito superior ao que vemos nos chineses vendidos por aqui, o que não é muito difícil, mas é uma surpresa agradável inclusive ter a alavanca de câmbio ao lado do volante.
Na China ele é um sucesso como táxi, principalmente porque não é um carro dos anos noventa fora de linha, cujo maquinário foi comprado por uma ninharia e hoje roda adaptado com baterias. Ele foi concebido para ser eléctrico e enfrentar as péssimas ruas da maioria das cidades chinesas. Oferece espaço de sobra para cinco ocupantes e sua bagagem.
Como todo eléctrico, ele pode ser recarregado em uma tomada comum, mas o aconselhável é o carregador apropriado, que reduz em até 75% o tempo de espera, e a BYD tem os seus modelos; vendidos à parte, é claro.
Agora, como saber se não será mais uma decepção, como foi a Renault, que prometeu vir com tudo em 2012 e amarelou? Primeiro que a BYD já confirmou uma fábrica aqui, segundo que ela tem volume de vendas para financiar, terceiro porque o site da marca já tem menu em português do Brasil, quarto e mais importante, eles querem desesperadamente se livrar do jugo do partido comunista chinês, que vê com maus olhos e já prendeu arbitrariamente empresários que se atreveram a fazer mais sucesso do que seus líderes. Provas são o de menos, retórica, prolixia e dialética no tribunal, compensam sua fragilidade.
É mole ou quer mais? Não pensem que os políticos daqui são diferentes, se pudessem eles já teriam feito isso há muito tempo, e nós hoje acharíamos a coisa mais normal do mundo. Por isso novamente peço uma salva de palmas aos alemães, que não só baratearam por demanda uma série de tecnologias que eram luxo há até dois anos, como estão fazendo as fabricantes sérias nos verem com olhos mais promissores. Se tudo der certo, Teremos o discreto, robusto e espaçoso e6 em frotas e algumas garagens de abonados. A qualidade dos carros eu asseguro, já o design não é o que a maioria gosta.
Website da BYD: http://www.byd.com/la/auto/pt/e6.html
De início serão quinhentas unidades trazidas ainda em 2015 a salgados R$ 230.000,00. A escala e a taxação ainda abusiva sobre eléctricos e híbridos explicam o preço. O pontapé para a decisão foi, provavelmente, a BMW ter vindo de peito aberto para vender aqui o hatch compacto i3. O sucesso do alemão deve ter feito os chineses desengavetarem os planos que tinham há muitos anos, agora oficializados. Muito obrigado, bávaros!
A fábrica do ônibus K9 já está confirmada, será em Campinas, onde pretendem produzir também o e6 em 2018, se tiverem o sucesso esperado. No Canadá o sucesso foi tanto, que ele ganhou uma versão articulada, configuração que faz muito sucesso em nossas metrópoles. Aqui, além dos veículos, serão produzidas também as baterias, para a alegria dos engenheiros domésticos, que pagam horrores pela importação das íon de lítio, que vêm quase sempre da China, nem sempre com as garantias que um fabricante nacional é obrigado por lei a oferecer. Talvez até o Pompeo se beneficie disso, quem sabe...
Para quem não conhece, o e6 é um hatch médio com 4,56m de comprimento por generosos 1,822m de largura total e 1,645 de altura, o tamanho aproximado de um Ecosport. Ele chega a 140km/h, limitados electronicamente, e roda em média 300km com uma carga, com seus 121hp e absurdos 45kgfm. Suficientes para levar seus obesos 2380kg mais 375kg de carga máxima a mais do que o controle permite. com tamanho de SUV, os pneus estão à altura, são gordos 235/65R17. Mesmo com todo esse volume, só precisa de seis metros para fazer uma conversão completa, menos do que muitas ruas secundárias. E por dentro o acabamento é muito, mas muito superior ao que vemos nos chineses vendidos por aqui, o que não é muito difícil, mas é uma surpresa agradável inclusive ter a alavanca de câmbio ao lado do volante.
Na China ele é um sucesso como táxi, principalmente porque não é um carro dos anos noventa fora de linha, cujo maquinário foi comprado por uma ninharia e hoje roda adaptado com baterias. Ele foi concebido para ser eléctrico e enfrentar as péssimas ruas da maioria das cidades chinesas. Oferece espaço de sobra para cinco ocupantes e sua bagagem.
Como todo eléctrico, ele pode ser recarregado em uma tomada comum, mas o aconselhável é o carregador apropriado, que reduz em até 75% o tempo de espera, e a BYD tem os seus modelos; vendidos à parte, é claro.
Agora, como saber se não será mais uma decepção, como foi a Renault, que prometeu vir com tudo em 2012 e amarelou? Primeiro que a BYD já confirmou uma fábrica aqui, segundo que ela tem volume de vendas para financiar, terceiro porque o site da marca já tem menu em português do Brasil, quarto e mais importante, eles querem desesperadamente se livrar do jugo do partido comunista chinês, que vê com maus olhos e já prendeu arbitrariamente empresários que se atreveram a fazer mais sucesso do que seus líderes. Provas são o de menos, retórica, prolixia e dialética no tribunal, compensam sua fragilidade.
É mole ou quer mais? Não pensem que os políticos daqui são diferentes, se pudessem eles já teriam feito isso há muito tempo, e nós hoje acharíamos a coisa mais normal do mundo. Por isso novamente peço uma salva de palmas aos alemães, que não só baratearam por demanda uma série de tecnologias que eram luxo há até dois anos, como estão fazendo as fabricantes sérias nos verem com olhos mais promissores. Se tudo der certo, Teremos o discreto, robusto e espaçoso e6 em frotas e algumas garagens de abonados. A qualidade dos carros eu asseguro, já o design não é o que a maioria gosta.
Website da BYD: http://www.byd.com/la/auto/pt/e6.html
Interessante que vão fabricar os ônibus em Campinas, onde a Mercedes-Benz mantinha a fábrica dos ônibus integrais (popularmente conhecidos como "monobloco"). Até cheguei a supor que seria mais adequado os chineses tentarem a sorte na região de Joinville por causa das instalações ociosas da Busscar e da proximidade com a matriz da Weg.
ResponderExcluirA propósito: até acho que o modelo articulado teria chances de fazer sucesso em São Paulo, eventualmente sucedendo (ou no mínimo complementando) os trólebus, e eu até não duvidaria que pudessem aparecer também aqui em Porto Alegre (pelo menos na Carris). Resta a curiosidade se os chineses vão oferecer só o ônibus completo ou também a plataforma para encarroçamento independente, afinal com uma carroceria mais aerodinâmica já seria possível melhorar significativamente a autonomia.
Concordo. Também considero uma ironia fina, embora não duvide que eles saibam dessa ascendência.
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