A primeira coisa que encanta no novo Volt é a adoção da estética do Chevrolet Impala. Ele abandonou aquela frente estranha, que a GMB insiste em manter por aqui. o problema crônico do design, o teto baixo demais na traseira, permanece, mas o americano parece não se importar com isso. O perfil ficou com mais cara de sedan, apesar de o eixo traseiro continuar lá atrás, praticamente em baixo do porta-malas, que é característica típica de um hatch.
Anunciaram que as baterias ficaram mais leves e mesmo assim mais potentes, o que deu nó em muitas cabeças, afinal ainda usam o bom e velho lítio como eletrodo. Há alguns segredos industriais que Mary Barra não revela nem ao Brad Pitt, mas esse progresso foi conseguido basicamente com reengenharia e
arquitetura nova da carcaça. Acontece que o lítio é tão leve, que a estrutura da carcaça e dos condutores é bem mais pesada do que a bateria em si. Ao contrário do que acontece com a chumbo-ácida, que continuaria muito pesada mesmo que fossem os próprios eletrodos a carcaça. A nova arquitetura ainda permitiu incluir um cinto de segurança, ou seja, agora ele leva cinco ocupantes.
Mas por quê insistir nas baterias de íons de lítio, se já há outras bem melhores? A Chevrolet faz carros para vender, a política dela é custo/benefício. enquanto compensar elas continuarão na linha de montagem, e essas baterias já são quase tão baratas quanto a arcaica chumbo-ácida de ciclo profundo, com imensas vantagens de tamanho, massa e capacidade de descarga rápida.
A autonomia no modo eléctrico melhorou muito, antes mal passava de 65km, agora pode chegar a 88km. O motor a combustão é o conhecido 1,5l de 101cv, auxiliado por um eléctrico de 48cv. O conjunto ficou 45kg mais leve e até 12% mais eficiente. Só o que ainda não desce é o desempenho de Kombi. Apesar de bons 8,7s para ir de 0 a 100, ele continua amarrado em 157km/h, o que mostra que a General Motors ainda tem medo da tomada. Com 40,58 kgfm, poderia acelerar bem mais forte. Com essa cavalaria e esse torque, ele poderia facilmente passar de 200km/h e fazer de 0 a 100 em menos de sete segundos. Pela vendagem crescente, após dois anos de desconfiança, o consumidor americano parece ter relevado essa limitação de desempenho.
As baterias podem ser totalmente recarregadas em letárgicas 13 horas em uma tomada de 110v (por que ainda usam essa voltagem ridícula?) ou 4h30min em uma de 240v. Como sempre digo, é quase impossível ficar com as baterias totalmente descarregadas. Precisa virtualmente descarregar tudo de propósito, e se esforçar bastante para isso.
Claro que as medições de autonomia foram feitas no modo americano de guiar, ou seja, com o pé lá em baixo, sem dó de combustível. Técnicas de pilotagem de motoristas experientes, podem aumentar consideravelmente o raio de ação. Os 80km de autonomia média são conseguidos em vias expressas, um condutor habilidoso em uma marginal qualquer do Brasil, consegue passar de 100km sem recarga.
O interior ficou com mais cara de Chevrolet, antes se parecia com um conceito Pontiac. O efeito imediato é que o pai de família vai se sentir mais à vontade para entrar e dirigir o híbrido, com isso hesitará menos em comprar o modelo. Estará disponível no segundo semestre, já como modelo 2016. Apesar da maior sobriedade, está longe de ser sisudo. O desenho interno é mais clássico, chega a lembrar o padrão dos antigos Chevrolets brasileiros.
Aproveitaram também para mostrar o conceito Bolt, um protótipo de eléctrico com proposta bem mais popular, para custar até US$ 30.000,00. Ele provavelmente substituirá o monstrinho queimador de asfalto Spark EV, e já gente acreditando que dará origem à segunda geração do nosso Celta, claro que com motor a combustão. A autonomia média prevista é de 322km sem recarga, e o carro pode ser totalmente controlado por um smartphone, ou seja, podem dar adeus ao hábito de pedir o celular emprestado, porque mais marcas estão testando este recurso e a tendência é ele se disseminar.
Se é mito, provavelmente é um mito que a própria GM lançou, para testar a reação do público, porque o nosso Celtinha velho de guerra está cansado, usa a mesma plataforma da primeira geração do nosso
Corsa, hoje o moribundo Classic. No mínimo alguns conceitos da engenharia nova descerão para ele, ou seu substituto, se o nome não for mantido. Posso assegurar que um Celta plug-in é virtualmente carta fora do baralho.
Apesar de o Salão de Detroit só abrir para o público no sábado, o subcompacto de quatro (só quatro mesmo, não há a mínima possibilidade de alguém viajar no meio!) lugares agradou em cheio, como virtual substituto do excêntrico Spark, com sua cara de pókemon, que por lá é visto como primeiro carro de estudantes, e estudantes que não dão muita bola para desempenho, porque a maioria prefere algo em que possa levar seus amigos para a balada sem apertos, depois da aula, como o VW Golf.
O concorrente mais directo do Bolt, provavelmente é aquele plug-in chinês mais baratinho e recheado do que seus concorrentes ianques, que já começa a cair no gosto e caber no orçamento dos garotos. Mas a logística das peças de reposição e personalização pode pender a balança para o Chevy.
E o Brasil? Vai mal, obrigado. Mesmo assim já existe a chance de o Volt ser oferecido oficialmente, ainda que sob demanda, pela Chevrolet, porque ele cai muito mais no gosto conservador do brasileiro do que o estranho Leaf, ainda mais que lembra bastante a geração anterior do Honda Civic, considerada a mais bonita já feita por aqui. O concorrente do Volt no Brasil é o BMW i3, embora as propostas e o estilo sejam completamente diferentes.
P.S: Detalhes revelados após a abertura do Salão de Detroit, aqui.
Anunciaram que as baterias ficaram mais leves e mesmo assim mais potentes, o que deu nó em muitas cabeças, afinal ainda usam o bom e velho lítio como eletrodo. Há alguns segredos industriais que Mary Barra não revela nem ao Brad Pitt, mas esse progresso foi conseguido basicamente com reengenharia e
arquitetura nova da carcaça. Acontece que o lítio é tão leve, que a estrutura da carcaça e dos condutores é bem mais pesada do que a bateria em si. Ao contrário do que acontece com a chumbo-ácida, que continuaria muito pesada mesmo que fossem os próprios eletrodos a carcaça. A nova arquitetura ainda permitiu incluir um cinto de segurança, ou seja, agora ele leva cinco ocupantes.
Mas por quê insistir nas baterias de íons de lítio, se já há outras bem melhores? A Chevrolet faz carros para vender, a política dela é custo/benefício. enquanto compensar elas continuarão na linha de montagem, e essas baterias já são quase tão baratas quanto a arcaica chumbo-ácida de ciclo profundo, com imensas vantagens de tamanho, massa e capacidade de descarga rápida.
A autonomia no modo eléctrico melhorou muito, antes mal passava de 65km, agora pode chegar a 88km. O motor a combustão é o conhecido 1,5l de 101cv, auxiliado por um eléctrico de 48cv. O conjunto ficou 45kg mais leve e até 12% mais eficiente. Só o que ainda não desce é o desempenho de Kombi. Apesar de bons 8,7s para ir de 0 a 100, ele continua amarrado em 157km/h, o que mostra que a General Motors ainda tem medo da tomada. Com 40,58 kgfm, poderia acelerar bem mais forte. Com essa cavalaria e esse torque, ele poderia facilmente passar de 200km/h e fazer de 0 a 100 em menos de sete segundos. Pela vendagem crescente, após dois anos de desconfiança, o consumidor americano parece ter relevado essa limitação de desempenho.
As baterias podem ser totalmente recarregadas em letárgicas 13 horas em uma tomada de 110v (por que ainda usam essa voltagem ridícula?) ou 4h30min em uma de 240v. Como sempre digo, é quase impossível ficar com as baterias totalmente descarregadas. Precisa virtualmente descarregar tudo de propósito, e se esforçar bastante para isso.
Claro que as medições de autonomia foram feitas no modo americano de guiar, ou seja, com o pé lá em baixo, sem dó de combustível. Técnicas de pilotagem de motoristas experientes, podem aumentar consideravelmente o raio de ação. Os 80km de autonomia média são conseguidos em vias expressas, um condutor habilidoso em uma marginal qualquer do Brasil, consegue passar de 100km sem recarga.
O interior ficou com mais cara de Chevrolet, antes se parecia com um conceito Pontiac. O efeito imediato é que o pai de família vai se sentir mais à vontade para entrar e dirigir o híbrido, com isso hesitará menos em comprar o modelo. Estará disponível no segundo semestre, já como modelo 2016. Apesar da maior sobriedade, está longe de ser sisudo. O desenho interno é mais clássico, chega a lembrar o padrão dos antigos Chevrolets brasileiros.
Aproveitaram também para mostrar o conceito Bolt, um protótipo de eléctrico com proposta bem mais popular, para custar até US$ 30.000,00. Ele provavelmente substituirá o monstrinho queimador de asfalto Spark EV, e já gente acreditando que dará origem à segunda geração do nosso Celta, claro que com motor a combustão. A autonomia média prevista é de 322km sem recarga, e o carro pode ser totalmente controlado por um smartphone, ou seja, podem dar adeus ao hábito de pedir o celular emprestado, porque mais marcas estão testando este recurso e a tendência é ele se disseminar.
Se é mito, provavelmente é um mito que a própria GM lançou, para testar a reação do público, porque o nosso Celtinha velho de guerra está cansado, usa a mesma plataforma da primeira geração do nosso
Corsa, hoje o moribundo Classic. No mínimo alguns conceitos da engenharia nova descerão para ele, ou seu substituto, se o nome não for mantido. Posso assegurar que um Celta plug-in é virtualmente carta fora do baralho.
Apesar de o Salão de Detroit só abrir para o público no sábado, o subcompacto de quatro (só quatro mesmo, não há a mínima possibilidade de alguém viajar no meio!) lugares agradou em cheio, como virtual substituto do excêntrico Spark, com sua cara de pókemon, que por lá é visto como primeiro carro de estudantes, e estudantes que não dão muita bola para desempenho, porque a maioria prefere algo em que possa levar seus amigos para a balada sem apertos, depois da aula, como o VW Golf.
O concorrente mais directo do Bolt, provavelmente é aquele plug-in chinês mais baratinho e recheado do que seus concorrentes ianques, que já começa a cair no gosto e caber no orçamento dos garotos. Mas a logística das peças de reposição e personalização pode pender a balança para o Chevy.
E o Brasil? Vai mal, obrigado. Mesmo assim já existe a chance de o Volt ser oferecido oficialmente, ainda que sob demanda, pela Chevrolet, porque ele cai muito mais no gosto conservador do brasileiro do que o estranho Leaf, ainda mais que lembra bastante a geração anterior do Honda Civic, considerada a mais bonita já feita por aqui. O concorrente do Volt no Brasil é o BMW i3, embora as propostas e o estilo sejam completamente diferentes.
P.S: Detalhes revelados após a abertura do Salão de Detroit, aqui.
Cabe uma comparação entre o Bolt e a 1ª geração do Mercedes-Benz Classe A, tanto pela aparência de minivan quanto pelo fato do Classe A original ter sido desenvolvido inicialmente como um modelo 100% elétrico.
ResponderExcluirSeparados no nascimento.
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