sábado, 11 de fevereiro de 2012

Model X; a Tesla quer ser grande!


Por até R$ 150.000, nos Estados Unidos, a Tesla já aceita encomendas para seu SUV Model X. A montadora espera vender pelo menos dez mil unidades ao ano. Parece muito, para os leigos, mas muitos utilitários de luxo vendem isso em uma semana.

Reforçado e usando a mesma plataforma do Model S, o "X" segue a philosophia da marca de cobrar pelo que o consumidor estiver disposto a rodar. A autonomia varia de 275km a 480km, dependendo do pacote de baterias, partindo então seu preço de R$ 77.000, no mercado americano... Menos do que pagamos por uma Pajero, por exemplo... Mas tente importar para ver o que são 48% de IPI!


O desempenho é de humilhar os suv top de linha de qualquer fabricante, faz de 0 a 100km/h em 4,4s... menos tempo do que leva um Porsche 911.

Como o "S", ele também pode levar até sete ocupantes com conforto e segurança. Mas nele a Tesla deu asas a uma extravagância que pode não agradar a todos, as duas portas laterais traseiras são asas de gaivota, se abram para cima. Isto tem utilidade? Até tem. Facilitam embarque e desembarque, já que o ocupante pode ficar de pé até o momento realmente ter que se sentar. Mesmo pessoas muito altas entram e saem com facilidade, pois dá para fazê-lo sem que elas estejam totalmente levantadas, e quando estão, ocupam pouco espaço horizontal.


Para seguranças é uma mão na roda, pois permite manter-se no carro e ainda ter uma visão privilegiada do público e do local, protegidos e bem posicionados; A parte de cima dessas portas têm 'tetos solares', permitem ver o que se passa ao lado mesmo levantadas. Apropriado para autoridades e grandes empresários.


O interior é bem cuidado como toda a linha da marca, só utilizando o melhor material e a melhor mão-de-obra, mas aqui tem um toque de aparente simplicidade e 'simulação de rusticidade', pelo uso mais extenso de madeira e pela austeridade da instrumentação. O que quebra esse franciscanismo aparente, é a tela sensível ao toque do tamanho de uma bandeja grande, com tudo o que o Model S tem. É preciso fazer um curso para utilizar tudo o que esse tablier faz. E ainda há o bônus de um plug-in bem projectado: uma mala generosa atrás e outra razoável na frente.



O utilitário virá com opção de tração traseira ou integral, tendo esta hubmotors atrás e um motor central na frente, provavelmente para evitar que a máquina, volumosa e pesada, atrapalhe o esterçamento das rodas. Agora me digam se o público da marca vai preferir a tração simples... pois é.

Aos ecoxaropes que não aprenderam a fazer contas, na escolinha, e vivem enchendo a internet com "Quem é que vai produzir energia pra tanto carro elétrico?", peço que comprem a singela e barata tabuada, treinem e façam os cálculos. No caso de haver geração por rtermo eléctrica, aviso que um motor diesel bem regulado, produzindo energia para os carros, polui muito menos do que um motor diesel directamente em cada carro. É só fazer as contas e angariar as décadas de experência que titio Nanael tem na área.

 
Se quiser arriscar e encomendar, eis a página do Model X, no website da tesla aqui.

5 comentários:

  1. Se eu não me adapto com tela touch-screen nem em celular, imagina no carro. Prefiro aqueles comandos giratórios ou até aquelas alavancas como se usava até a década de 90, que dá de usar com mais facilidade sem ter que desviar o olhar da estrada. A propósito: acho que hub-motors nas 4 rodas são até melhores para a dirigibilidade, por não demandar semi-árvores de transmissão que ocupam espaço e limitam o esterçamento da direção.

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  2. Sabe-se lá oque se passa na cabeça de um sujeito que começou como piada, e hoje dá calafrios nas outras montadoras. De qualquer forma, o Model X pode ser a porta para a tesla abandonar de vez as engrenagens de transmissão.
    Também prefiro tatear sem ter que tirar a visão do trânsito, mas a quantidade de funções que ele tem não caberia em botões no painel.

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  3. Um monte de botõezinhos espalhados como num teclado de computador usando um visor de orelhão como monitor ficariam inviáveis, mas para algumas funções não seria difícil usar botões giratórios "de máquina de lavar roupa" e pequenas alavamcas, enquanto outras poderiam acabar precisando dos botões mais convencionais com LEDs indicando a ativação da respectiva função. É tudo questão de saber organizar o layout do painel, podendo até ficar com um design mais proporcional (convenhamos que essa tela enorme destoa um pouco do desenho do painel) ainda que menos "clean". Vale destacar que o design muito ousado ainda faz alguns consumidores ficarem mais avessos a carros elétricos.

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  4. Alguém tem que ser boi de piranha, Kamikaze. Nos anos trinta foi a Chrysler, com o Airflow, que deu partida para os carros serem mais aerodinâmicos andando para frente do que para trás.
    A tua reclamação quanto aos controles procede, eu também gostaria de, pelo menos, uma elegante moldura ao redor da tela, com alguns comandos intuitivos, que pudesse acionar sem tirar os olhos da estrada.

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  5. Eu na verdade nem me considero dentro do perfil de consumidor para esse modelo, já que eu ainda tenho minhas ressalvas com a tração elétrica, mas é nos pequenos detalhes que se ganha uma grande porção de consumidores mais apegados a certas tradições...

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