quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

VW Golf, enfim eléctrico

Fonte: At The Lights

Com mais atraso do que o similar brasileiro em relação ao alemão, o Golf eléctrico finalmente está pronto. Estreará no Salão de Genebra, no início de Março. Usará um motor com pico de 116cv e 27,5kgfm de torque, acoplado à transmissão da tração dianteira, para mover 1545kg em ordem de marcha.

Com previsão para custar cerca de quarenta mil Euros, o hatch provavelmente terá lugar de destaque no espaço da Volkswagen, mas não será exactamente uma sensação. Embora os números de desempenho sejam razoáveis, com 135km/h e 11,8s para ir de 0 a 100km/h, a autonomia não enche os olhos.

Assim como a concepção de tração, a autonomia começa a ficar defasada, são apenas 175km com uma carga. Embora donos de eléctricos já tenham as manhas para andar mais sem abrir mão da velocidade de cruzeiro, ele chega atrasado e caro para concorrer com o veterano Leaf, por exemplo, cuja versão actual roda quase 230km sem pedir tomada.

Não se pode mesmo esperar muito de 26,3kWh (35,7cv) fornecidos por trinta baterias em baixo do banco traseiro. A solução, embora inteligente, na realidade é uma tentativa de cortar custos, para evitar uma prensa nova que fizesse um assoalho novo para o porta-malas, situação em que o estepe poderia ficar de pé, como nos carros mais antigos, abrindo espaço para mais baterias, ainda que opcionais.

Sejamos sinceros, a marca de Wolfsburg dormiu no ponto, demorou muito para oferecer o que sua marca premium, a Audi, já conseguiu aprimorar e incorporar seu estilo. Um Passat híbrido, por exemplo, teria a simpatia imediata de artistas alemães, como Anett Louisan. Uma opção de híbrido para os veículos de carga e vãs, como a Kombi alemã, que está na fila para substituir a nossa ainda neste ano, ganharia rapidamente a simpatia de transportadoras urbanas e campistas.

Mas não sejamos pessimistas, quem sabe a VW toma gosto, como a GM tomou e desembesta neste caminho. E quem sabe, quando esta geração chegar ao Brasil, o plug-in também chegue. Talvez, por conta da nova legislação de segurança, venha alguns meses depois de lançado, já em 2014... Quem sabe.

Se eu compraria? Talvez, mas não seria a primeria opção, BMW Chevrolet e Nissan oferecem mais pelo mesmo dinheiro. Talvez o carisma remanescente e a ampla rede de concessionários se tornem um diferencial de peso.

3 comentários:

  1. Ou poder-se-ia, guardadas as devidas proporções, utilizar um motor à gasolina (no Brasil poderia até ser flex), triclíndrico, de baixa cilindrada, acoplado a um gerador, com o objetivo exclusivo de manter a carga das baterias. Ou um Wankel. Ou uma microturbina. Qualquer coisa. E poder-se-ia também, adotar o sistema testado pela BMW, para converter o calor remanescente em eletricidade.

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    1. O problema é convencer a VW a meter a mão no bolso, por uma marca que não é premium.

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  2. Volkswagen. Carro do povo. Bem disse seu criador, Adolf Hitler.

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