O Paraná está preparando algo mais duradouro e eficaz para a copa, do que os elefantes brancos que estão construindo a toque de caixa... Para não dizer cousa pior. Estreará no Brasil o sistema de compartilhamento de carros eléctricos de dois lugares.
O modelo escolhido é o conceito triciclo Pompeo, de concepção cem por cento brasileira, que leva os traços talentosos do designer Du Oliveira. Infelizmente o projecto, por pressão da Fiat, perdeu um parceiro importante, mas não insubstituível.
Funcionará assim. A joint-venture entre o Instituto Optness e a Fiel Automóveis, a Carmmon, terá uma frota de Pompéos, estacionados em vagas com recarga auxiliar por energia solar. O cidadão se cadastra e recebe um catão em casa, faz a reserva por e-mail e espera pela resposta, que prometem não demorar. Vai ao local escolhido, faz as checagens de praxe de toda locação de veículos e assina o termo de conformidade, então pode sair dirigindo.
O carro deverá ser deixado no posto de compartilhamento de onde foi retirado, com pelo menos 1/4 do nível total das baterias. A reserva varia de uma hora a sete dias.
Pode parecer algo visionário, tímido, mas pelo menos Curitiba está fazendo algo que continuará a ser útil no fim da copa, e renderá mais dividendos do que terá sido investido. E será o pontapé para uma indústria de carros eléctricos de porte, genuinamente brasileira.
Blog de Du Oliveira, clicar aqui. matérias dele sobre o Pompéo, clicar aqui.
Espero que o Pompéo não fique limitado a projetos desse tipo, considero o conceito do veículo mais adequado do que alguns similares de 4 rodas como o Smart. Eu mesmo cogitaria um para uso particular, mas para um usuário com o meu perfil a falta de uma opção com motor a combustão interna ainda seria um empecilho. Eventualmente, até mesmo uma versão híbrida seria fácil de fazer (eu usaria um motor monocilíndrico 2-tempos até 300cc com injeção direta, refrigeração líquida e flex, baseado no motor dumas motos KTM, e um motor de arranque mais forte que pudesse ser reaproveitado ainda como motor de tração auxiliar, já atuando também como reversor), e poderia conquistar espaço em mercados de exportação, satisfazendo ao menos em parte o mesmo público-alvo da 1ª geração do Honda Insight.
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