segunda-feira, 6 de maio de 2013

Range Rover Sport Hybrid, o híbrido fleumático

 
Fonte: Auto Evolution


Decerto que há muito os Land Rover perderam a sisudez d'outrora, mas a sobriedade não sucumbiu ao desenho esportivo que ganharam. Pelo contrário, o bom apreciador reconhece na hora quem desfruta de seu Land Rover, o diferencia facilmente de quem só desfila nele.

Mas os ingleses não são dados a superficialidades, embora ao vulgo o pareça. A modernidade bem pensada chegou à mecânica dos carros que são a especialidade da mecânica mais nobre, sua majestade a rainha Elizabeth II. Não sabiam? Pois ela entende de graxa. Certamente ficaria curiosa em desbravar o novo Rage Rover Sport Hybrid.
 
Fonte: Auto Evolution


Será apresentado no Salão de Frankfurt, provavelmente para dizer ao Porsche Cayene que ele não precisa mais ficar triste, há um cavalheiro à altura para disputar os clientes. Se bem que os estilos são completamente opostos.

Ele combina o tradicional propulsor V8 de 4.4 litros com um eléctrico, que juntos fornecem 71,3Kgfm de torque. Bem, força é o que interessa em um off-road, não é? Mais britânico, impossível. O certo é que se mantenha nos 339cv, mas com limitação electrônica de velocidade, como manda o bom senso.

A tecnologia é análoga à utilizada pela versão diesel, que gera 242cv com óleo e 93cv com baterias, lançada em 2011. Esta certamente também está prestes a evoluir. Afinal, carros não páram, ou perdem sua razão de ser. Imagino o que seria esta evolução, pois o actual já esbanja seus 30,3km/l, com autonomia total de até 1112km, números de encabular qualquer automóvel popular que pretenda ser econômico. É assim que os ricos continuam ricos.


Fonte: Auto Evolution

Segundo o World Car Fans, ainda se cogita uma evolução a mais. O chefe de engenharia Stewart Frith afirma que o 2.0 Ecoboost será utilizado no jipão, em um futuro próximo. Sim, o Ford de quatro cilindros, que já equipa o arrojado Evoque. Absurdo? Não, absolutamente. Apenas uma versão para outro público.

Lembremos que o Rabge Rover fez uma dieta baseada em alumínio, ganhando a elegância que os 420kg eliminados lhe tolhiam. Embora sozinho ofereça uma performance algo deficiente, a propulsão híbrida lhe garantiria o desempenho adequado, para quem não faz questão de altas velocidades... Em um utilitário esportivo? Esses carros são feitos para a lida pesada, como a família e sua bagagem, não para disputas de rua! No caso, são até sete ocupantes.

As chances de ele desembarcar no Brasil, por irônico que seja, são maiores do que híbridos bem mais baratos. Acontece que a marca tem fãs incondicionais em território nacional, que confiam piamente na reputação da marca, e pagam sem reclamar os altos preços que ela pede por seus carros. Mesmo que inicialmente por importação independente.
 
Fonte: Auto Evolution


Se hoje o europeu não pergunta se um carro usado tem air bag e abs, no que depender dos britânicos, em breve ninguém mais perguntará se é híbrido. Ainda que pelo orgulho, eles estão decididos a deixar a combustão pura para trás.

O preço? Se a novidade foi bem divulgada sem alarde, o preço seria? Os ingleses são pontuais, não chegam depois, mas também não muito antes da hora. Não seria elegante. Por falar em elegância, este automóvel é a própria encarnação motorizada de Madame Newdelia Domingues.

Um comentário:

  1. Adorei, adorei, adorei!!!
    Você bem sabe que gosto de carro assim: grandão.
    Principalmente quando se anda muito na estrada como eu.
    Desculpe pela demora em vir aqui. Tentei abrir ontem, mas nenhum blog do Blogspot estava abrindo no meu computador... aff. Irritante.

    Obrigada pelo carinho.

    Milhões de beijos

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