quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

São Paulo e seus táxis limpos


Apesar da estupidez de certos vereadores, que querem proibir táxis eléctricos em aeroportos, para que eles "não causem explosões com o ar saturado de querosene de aviação" (daqui a pouco proibirão as cozinhas de terem luz eléctrica), São Paulo estuda à sério o uso de táxis híbridos e eléctricos. O problema principal seria o preço, já que os híbridos mais baratos disponíveis no país, são o Fusion e (para o segundo semestre) o Prius, ambos na casa dos cento e trinta mil reais, que mesmo assim não assusta a Adetax, Associação de Empresa de Táxis de Frota. No atacado os preços despencam, já que não revender poupa não só dos lucros da concessionária, como também dos impostos em cascata inerentes. Uma pequena frota pode sair facilmente por setenta e cinco mil reais a unidade, ou menos.

Para quem anda muito, freando muito e em baixa velocidade, os custos de manutenção pagam rapidamente o investimento extra, já que o motor à combustão trabalha pouco, às vezes passando o dia inteiro desligado.

A Secretaria Municipal de Transportes da Cidade-Estado de São Paulo espera justamente que a frota seja não só aumentada, mas gradualmente trocada pelos híbridos, aos quais a prefeitura assegura a liberação das licenças. Para quem não conhece e pensa que isto é óbvio, experimente virar taxista em uma metrópole brasileira, para ver, os doze trabalhos de Hércules parecerão serviço de panfletagem.

A intenção oculta aí, com o aumento da frota de táxis, é facilitar ao cidadão o acesso a um meio de transporte eficiente e seguro, para que possa deixar seu carro em casa, durante a semana, o que teria reflexo positivo no trânsito paulista. Não só no tocante aos engarrafamentos, mas também na qualidade do ar.

Agora só resta São Paulo dar as mesma facilidades para o transporte escolar e os ônibus coletivos, já que híbridos à biodiesel já estão circulando em testes pela capital.

Outra vantagem que não foi aventada: Em poucos anos a frota será renovada, e uma leva de híbridos em boas condições por bons preços, estará disponível ao cidadão comum. Já imaginaram?

Uma sugestão interessante, se a Ford estiver atenta, seria o Focus Electric. Foi considerado o eléctrico mais econômico dos Estados Unidos. Seu consumo de energia, equivale a um Focus à gasolina rodar 45,5km/l. As primeiras unidades serão entregues em 2012 aos seus donos. Mais aqui. No trânsito lento de uma metrópole, ele passaria dias sem precisar de recarga. As ladeiras e as inúmeras vielinhas garantiriam a regeneração pela frenagem, mesmo com trânsito livre.

E as outras metrópoles? Ficarão a fingir que não é consigo e que não há gente pondo em prática?

Website do Focus Electric aqui.
Website do Fusion Hybrid aqui.
Website do Toyota Prius aqui.
Website de São Paulo aqui.
Website da Adetax aqui.

3 comentários:

  1. Do jeito que taxista quase sempre manda adaptar o carro para rodar com gás, acho que seria mais apropriado usar algum modelo como o Honda Insight se realmente fizerem questão de um taxi híbrido. Ou se insistirem com o Prius, no mínimo "chipar" para poder rodar com etanol. A meu ver, se a intenção é apresentar uma frota "ecológica", a primeira coisa a se fazer seria largar o uso da gasolina...

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  2. A questão seria a Honda trazê-lo para cá, a importação independente é uma dor de cabeça para quem precisa de garantia. Quanto à adaptação, a taxa de compressão do Prius é de 13:1, o etanol se sentiria em casa.

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  3. Como provavelmente converteriam o motor a combustão para rodar com gás, de um jeito ou de outro, acabaria anulando a garantia. Quanto à taxa de compressão do Prius, acaba sendo mais elevada que a de um motor mais convencional para compensar a descompressão provocada pela abertura mais longa da admissão...

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