sábado, 30 de junho de 2012

Os ônibus Weg já estão prontos


Serei justo, quando um governo faz algo que presta, deve ser reconhecido. Primeiro é a nova alíquota de IPI para híbridos e eléctricos, 37% para os importados e 7% para os nacionais, sendo que esta pode vir a beneficiar todo o Mercosul. Agora é uma das poucas decisões práticas da Rio+20-choro+200, em que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem R$ 2 bilhões para financiar a mobilidade mais limpa. E tem cochichos de gente grande acenando para a liberação dos motores diesel para carros híbridos, não sejam os precipitados, mas o comentário existe. A possibilidade de ter uma Volvo V60 diesel-híbrida na garagem é real... Remota, mas real.

Graças a esta nova alíquota, porque o financiamento já vem muito tarde, os ônibus que estavam sendo testado pelo consórcio Itaipu, Electra, Weg, Mascarello, Mitsubishi, Tutto e Euroar, já aguardam compradores. A fabricação dos ônibus foi tocada à Eletra, que tem o cabedal mais próprio para a tração eléctrica. O motogerador Mitsubishi que alimenta as baterias pode ser à célula de combustível, que gera hidriogênio, etanol, diesel ou metano, de acordo com a vontade do comprador.


A longa gestação deu frutos doces, esta geração tem um terço do consumo dos ônibus híbridos feitos no exterior, sendo 40% mais econômica e 30% mais barata do que a primeira geração de 2010.  Isso mesmo com as caras baterias Zebra, de sódio, serem as escolhidas para mover os veículos. Elas podem ser recarregadas em no máximo oito horas, em caso de descarregamento completo, em qualquer tomada de 220V, mas o padrão é esperar cinco horas no equipamento da MES SA. A potência instalada é respeitável, são 100kWh alimentando um motor eficiente, projectado para a função, com a já conhecida frenagem regenerativa, que no trânsito urbano é uma marvilha para a autonomia.

As expectativas são modestas, de vender setenta e cinco unidades nos próximos dois anos. A argumentação de vendas, além do custo operacional, está na autonomia de 500km, que já permite fazer viagens de verdade. A Electra espera que já estejam rodando para a Copa de 2014, para reduzir um pouquinho o inexorável vexame que teremos.


Alguns vão perguntar se eles deixaram de construir comercialmente os ônibus, só por causa da carga tributária. Bem, sim. Ou vocês pensam que em veículos que chegam fácil a meio milhão de reais, 48% de IPI não castigam o bolso? Com os incentivos federais, a idéia é passar a fabricar aqui também as baterias de sódio.

Website da Weg, clicar aqui.
Website da Eletra, clicar aqui..

8 comentários:

  1. Seria bom se existisse um sistema, talvez utilizando supercondutividade, que possibilitasse captar energia elétrica para os carros. De preferência sem ter que usar catenárias. Um sistema eletromagnético, ou à base de radiofreqüência, talvez. Assim ficaríamos livres do peso excessivo das baterias, e da dependência de motores à combustão para gerar eletricidade. Talvez algo inspirado em HAARP, ou qualquer coisa assim.

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  2. Poder-se-ia, também, pensar em equipar os ônibus com grupos geradores movidos a GNV ou álcool, em vez de Diesel ou gasolina.

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  3. A própria Eletra tem esses opcionais de combustível.

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  4. Eu vi um lance interessante neste site:
    http://www.tecmundo.com.br/energia/26293-japoneses-transmitem-energia-eletrica-sem-fio-por-10-cm-de-concreto.htm
    É parecido com o que eu mencionei. Será que eles estavam pensando o mesmo que eu????

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  5. Daniel, trate de registrar as tuas idéias, elas estão sendo captadas por telepatia. E são óptimas.

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  6. Uns esquemas desses, de transmitir eletricidade por indução magnética, já são usados em Israel para burlar algumas restrições religiosas durante o Shabbat.

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