Os chineses não foram bobos e deixaram a Volvo à vontade, para continuar a fazer carros à sua maneira. O resultado foi a proliferação de projetos híbridos e eléctricos puros de grande competência.
Agora ela apresentará a perua V60 Hybrid, o primeiro híbrido plug-in diesel do mercado. Trata-se de uma perua de dimensões familiares de verdade, com espaço de sobra para abrigar baterias e toda a traquiitrana de hibridação, esta apoiada em um monobloco robusto e rígido. Rigidez que é um dos segredos da lendária segurança dos Volvo.
O motor diesel é um cinco cilindros 2,4l de 215cv e vigorosos 44kgfm, mais do que muitas picapes médias no Brasil. O motor eléctrico adiciona 70cv e 20kgfm. No modo eléctrico, para preservar a sincronia e funcionalidade do modo híbrido, ele roda até 50km, a 100km/h, antes de o turbodiesel ser ligado. Modo híbrido acionado, babem de inveja, donos de Biz, essa baita perua roda até 53km/l de diesel.
O desempenho não deixa a desejar. A híbrida faz de 0 a 100km/h em baixos 6,9s, a máxima é restringida a 200km/h.O bagageiro, com 310l até a base da janela, tem um compartimento específico para as baterias, sob o assoalho. Aqui vocês podem imaginar o quanto ela deve ser neutra nas curvas, viria bem a calhar nas estradas de Minas Gerais.
Para nós, infelizmente, fica a possibilidade de comprar o eléctrico puro C30 hatch (ver aqui), que roda 160km com um motorista normal (e sueco normal é pé de chumbo), suficiente para viagens curtas, embora seu público esteja disposto a pagar mais por pacotes opcionais de maior autonomia. O diesel, por enquanto, é restrito a utilitários específicos e carros de embaixada. Por enquanto.
A estréia é prometida para esta semana findoura, e pode ser acompanhada pelo perfil da Volvo no Facebook, clicando aqui.
Para pareceres de quem teve o prazer de testar o carro, clique aqui e aqui.
Infelizmente pela (falta de) lógica da República das Bananas essa fubica seria enquadrada num "crime contra a economia popular" pelo simples fato de ser movida a diesel.
ResponderExcluirA propósito: apesar da promessa de alto desempenho e dessa economia toda, eu já me daria por satisfeito com um modelo movido somente a (bio)diesel com um motor mais compacto. Vá lá, um turbodiesel 1.6L beirando os 30km/l já me atenderia bem, e considerando a evolução dos motores Diesel sobretudo nos 15 anos mais recentes de desenvolvimento eu não acredito que essa meta seja difícil mesmo que tivesse de recorrer a um câmbio manual. Levando em conta uma aerodinâmica bem apurada e relações de marcha bem escalonadas, além de um eventual alívio de peso e um custo inicial significativamente mais baixo, o custo/benefício ainda me parece atrativo. Vale destacar a questão do compartimento para as baterias no bagageiro, tomando espaço que poderia servir tanto para acondicionar um estepe e ferramentas (mesmo com os kits de vedação rápida de furos eu não abro mão do estepe se puder) quanto mais bagagem, o que para mim é importante em função de viagens que eu costumo fazer por razões familiares.