Com a firma intenção, e uma vela acesa na frente, de dar ao menos uma versão híbrida para cada um de seus modelos, a Toyota começou a vender o Yaris Híbrido na Europa, com fabricação francesa. Bem mais simpático, mas carregando a pecha de "sapo com diarréia" que ganhou com o design anterior, o compacto mostra serviço naquilo que um híbrido tem de melhor, o aumento brutal da autonomia.
Decerto que não são os 53km/l da V60 Diesel Hybrid, mas ele faz a média de 28,5km/l em condições normais de uso, a máxima chega facilmente a 35km/l. O motor a combustão é um quatro em linha imitação de Aktinson, com 1497cm³, que gera parcos 74cv,. O eléctrico desenvolve bons 26cv e 17,2kgfm nominais, com pico de vigorosos 60cv. Combinados, gasolina e baterias mandam até 100cv contínuos para as rodas, através do câmbio de variação contínua, que deve entregar uns 80cv.
As baterias, ao contrário do predominante entre os plug-in, são de Níquel-Hidreto metálico. Elas permitem que o Yaris rode até 50km contínuos, antes de o motor à gasolina ser acionado. Isso é bom? De certa forma, é. Embora mais pesadas e volumosas, são mais fáceis de manter, gerenciar e reciclar do que as de lítio.
O desempenho é acanhado, para a potência combinada, certamente por ser limitado electronicamente. Chega a 165km/h e faz de 0 a 100km/h em 11,8s. Se considerar o baixo Cx de 0,286, o baixo desempenho decepciona ainda mais.
Francamente, eu prefiro, em não podendo usar o ciclo diesel,
colocar um bom cooler de ventilação forçada e mandar ver na taxa de
compressão. Talvez um três em linha assim fizesse até mais quilômetros
por litro, com um desempenho mais interessante. Mas há uma solução muito inteligente, tão quanto é óbvia e quase ninguém segue, as baterias ficam embaixo do banco traseiro, evitando que o pequeno porta-malas se torne um sacoleiro pequeno.
O básico dá até raiva de comparar com nossos premiuns: Luz diurna de leds, ar condicionado duplo e digital, rádio com cd player e seis caixas de som, controle de estabilidade, ABS com distribuição electrônica de pressão, sete air bags de última geração, e controle de tração.
Seu preço, sem incentivos, partiria de 15.000 Euros, cerca de RS 37.500,00 na cotação de hoje. Para o Brasil, o preço seria de não menos do que cem mil, simplesmente porque a importação seria independente. Não há a menor, a mais tênue e remota intenção de se trazer o Yaris Híbrido para cá. Ponto para a Nissan, que está metendo a cara de peito aberto e se aventurando na nossa selva de bananeiras por conta própria. Até a Mitsubishi importa seus eléctricos oficialmente, para quem se arriscar a pagar as sobretaxas. Para nós, oficialmente, vem o Etios, que não consegue esconder a semelhança simbiótica, quase patológica com o Chevrolet Cobalt.
Website do novo Yaris Hybrid, clicar aqui.
Galeria completa de imagens, em três tamanhos, clique aqui.
Incorporando o sistema start-stop (eventualmente com o motor de arranque reforçado podendo fornecer tração elétrica auxiliar durante as arrancadas e retomadas em estrada) alguns retrabalhos aerodinâmicos e uma boa dose de alívio de peso não é difícil chegar nos 35km/l e até beliscar os 40km/l num Yaris movido a (bio)diesel.
ResponderExcluirQuanto ao sistema híbrido, eu acredito que a Toyota está vacilando ao manter esse expediente do falso ciclo Atkinson, e talvez até pudesse usar um motor menor com blower, no esquema conhecido como ciclo Miller. O motor 1.0 de 3 cilindros 1KR-FE já usado em algumas versões do Yaris poderia atender bem a essa proposta...
Teimosia faz parte do negócio, inclusive dos riscos de falência.
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